segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o preto no branco
e os pingos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.
Morre lentamente,
quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior
que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.


Pablo Neruda

4 comentários:

  1. Boa noite amiga eu acrdito que quande se auto se escravisa por posição ou familia, a pessoa deicha d eviver o bom da vida e cada minuto que passa é um milagre que não se repeti dai temos que viver com intensidade enquanto se pode respirar pois se não o tempo nos engole e dai passa a vida e nem lembranças deremos para levar , exelenmte postagen tenha uma otima noite e semana abraços.

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  2. Olá anjo Angélica

    Amiga para mi morrer lentamente é quem não arrisca troca o certo pelo incerto e não vai atrás de seus sonhos, quem não se permite pelo menos uma vez fazer algo insensato. Na vida fugir dos conselhos ponderados às vezes é preciso. Fugir um pouco de paradigma e deixar de ser certinho.. Viver assim muito certinho é morrer ao poucos e morrer lentamente é deixar de apreciar a vida e se entregar a rotina do dia adia. Pra que? Só pra dizer que vive e não viver literalmente.. Abraços fraternos.Kaoma

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  3. Pablo Neruda e suas palavras cortantes como lâminas... certeiras como a VIDA e a MORTE.
    Adorei vir por aqui, em seu espaço e poder relembrar belas afirmações desta morte que tantos vivem...
    Abraços

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  4. nossa belissimo texto gostei
    muito mesmo prbns.
    oi gente se vcs tem duvida sobre assuntos
    jurídicos da uma olhada no site da minha mulher.
    http://www.analucianicolau.adv.br

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